Um bicampeonato que ele espera que coloque uma pá de cal em um episódio que ocorreu no Pan de Guadalajara-MEX, em 2011, e o faz alvo de piadas até hoje: o uso de uma touca irregular com nome do patrocinador que só não o deixou sem a medalha de ouro porque os dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) tiveram habilidade para contornar a situação nos bastidores e reverter a sua desclassificação por infringir as regras.

 

"Todo mundo ainda fica me zoando. Antes mesmo da prova feminina, um árbitro que estava em Guadalajara e me viu falou para as meninas não fazerem como eu. Mas desta vez deu tudo certo e estou muito feliz. Consegui quebrar o recorde Pan-Americano sem estar no melhor da minha forma", afirmou o nadador brasileiro, que ainda nadará os 400m livre, 4x100m medley e 4x200m livre.

 

"A delegação inteira me tira sarro e acho que é uma coisa que vou levar para o resto da minha vida, mas agora o que quero é ficar marcado por este bicampeonato", afirmou.

 

Léo, que quebrou o recorde de 1m55s45 estabelecido por Kaio Márcio no Pan do Rio de Janeiro em 2007, disse também que em 2011 pagou pela inexperiência em grandes competições. No México, disputava a sua primeira edição dos Jogos Pan-Americanos.

 

"Tinha 20 anos e era muito moleque. Não tinha tanta experiência. Depois daquele susto, nunca mais vou repetir o erro. Desta vez vim mais focado", afirmou.

 

Nesta quarta, Leonardo de Deus já caiu na piscina. Ele fez o quinto melhor tempo das eliminatórias dos 200 m costas e se classificou para a final da prova, que será disputada à noite.