COB vê patriotismo em continência dos atletas e nega conotação política

Do UOL, em Toronto

  • AP Photo/Julio Cortez

    Ouro no judô, Charles Chibana também prestou continência

    Ouro no judô, Charles Chibana também prestou continência

A continência prestada pelos atletas brasileiros a cada vez que o hino nacional é executado nos Jogos Pan-Americanos chamou a atenção em Toronto. Em nota, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), disse que o ato é uma demonstração de patriotismo dos competidores e não tem conotação política.

"O COB entende, portanto, que a continência, além de regulamentar, quando prestada de forma espontânea e não obrigatória, é uma demonstração de patriotismo, sem qualquer conotação política, perfeitamente compatível com a emoção do atleta ao subir no pódio e se saber vencedor. Segundo muitos deles, representa também um reconhecimento pelo apoio que recebem das Forças Armadas e uma manifestação do orgulho que têm em representar o país", informou em nota.

A entidade ainda destacou que os atletas brasileiros que integram a equipe do Exército, da Aeronáutica e da Marinha brasileiras são militares também quando não estão fardados.

"O Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Respeito prevê que a "continência é a saudação do militar". É um sinal de respeito que deve ser prestado, estando ou não com a cabeça coberta. Reza ainda que o militar da ativa deve, em ocasiões solenes, prestar continência à Bandeira e Hino Nacional Brasileiro e de países amigos. É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando estão fardados, mas sim, todo o tempo", completou.

Ao todo, o Brasil tem 123 atletas que fazem parte das Forças Armadas do país. Segundo a assessoria de comunicação, 41% das medalhas conquistadas até aqui foram de competidores que fazem parte do Exército, Marinha ou Aeronáutica. Foram sete de ouro, duas de prata e oito de bronze.

Alguns atletas, como a medalhista de prata Mayra Aguiar, disseram que a continência foi um pedido feito pelos militares. "Na verdade, eles pediram pra fazer. Mas é uma coisa da gente. A gente ficou na iniciação um mês, lá dentro. Aprendeu muita coisa e pegou o espírito do militarismo", falou.

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