Rainha de esporte que só tem no Pan vai à quadra arrumada: gosto de glamour
José Ricardo Leite
Do UOL, em Toronto (CAN)
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Reprodução/Instagram
Paola Longoria em um de seus ensaios
"Gosto muito de glamour". Essa frase resume um pouco do jeito de ser de uma atleta mexicana conhecida não só por ser um fenômeno em seu esporte como também por ousar no estilo dentro e fora das quadras. Paola Longoria, conhecida como a "Rainha do raquetebol", é assim: não gosta de estar desarrumada nem para competir e em cada peça de roupa tenta deixar sua marca pessoal.
O esporte não é famoso e só aparece no Pan, mas os números da jogadora de 25 anos são impressionantes e dão ideia de como ela tem uma supremacia na modalidade: tricampeã mundial em duplas e simples, três medalhas de ouros nos últimos Jogos Pan-Americanos (simples, duplas e por equipe), cinco conquistas nos Jogos da América Central, seis anos como número um do mundo, quase quatro anos e 152 jogos invicta, recorde da história do esporte. "O segredo é ser disciplinada e perseverante", resumiu.
Ser um fenômeno neste esporte (que ainda luta para ser olímpico) somado à espontaneidade em sua vida pessoal fazem Paola ser uma das mais mulheres mais importantes do México: a porta-bandeiras da delegação de seu país nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara foi eleita duas vezes seguidas pela revista Forbes como uma das mulheres mais influentes de sua nação.
"Fico muito contente ser eleita pela Forbes por dois anos seguintes. Mas para mim ter poder significa inspirar. Por meio dessas revistas que me consideram influentes e exemplos para os jovens, espero passar pra eles uma mensagem de que com desejo e dedicação se chega a esses objetivos, espero sempre inspirar crianças e pessoas adultas", falou em entrevista ao UOL Esporte.
O poder de influência e atratividade identificado na jogadora, que tem diversos seguidores nas redes sociais, a fizeram ser muito procurada para ações publicitárias em seu país. É comum participar de ensaios e peças fotográficas para empresas. Há dois anos e meio, assinou contrato de patrocínio exclusivo com a gigante americana Nike. "Me encantam as fotos, me chama a atenção estar em revistas, usar marcas de patrocinadores. Um dos meus passatempos sempre foi desenhar e gosto muito de glamour", falou.
Seu gosto por estilo a fez até desenhar as próprias roupas que jogava e também a raquete. Mas, depois do contrato com a Nike, teve que abrir mão para usar as da fornecedora. Mas pretende em algum momento retomar a ação. "Tive linha de roupas esportivas e raquete própria, sonho que tenho desejo de retomar. Tenho um projeto esse ano de lançar um tênis da minha linha."
Sempre usou roupas combinando com o tênis e a raquete. E afirma que é conhecida como "princesa" pelas companheiras por querer estar sempre tão estilosa. "Gosto de me cuidar. Me encanta estar bem na quadra, elas me chamam de princesa porque cuido do meu aspecto. Sempre gosto de competir bonita e combino o tênis com a roupa e não quero ter cabelo na cara, quero me sentir bem."
No Pan de Toronto, Longoria vai tentar manter as três medalhas de ouro que conquistou na edição passada, em casa, nos Jogos de Guadalajara. Venceu em simples, duplas e por equipe. Mas nem seu recheado currículo fazem perder a modéstia para a atual competição. "O nível está cada vez melhor, temos as canadenses que jogam em casa. Vai ser uma competição muito difícil."