Uma trombada com um caminhão quase tirou brasileira do Pan de Toronto

Bruno Doro

Do UOL, em Toronto (CAN)

  • Washington Alves/Exemplus/COB

    Pamella Oliveira na prova de triatlo feminino dos jogos Pan-Americanos de Toronto

    Pamella Oliveira na prova de triatlo feminino dos jogos Pan-Americanos de Toronto

Pâmella Oliveira estava pedalando tranquila por uma estrada na cidade de Rio Maior, em Portugal, quando o inesperado aconteceu. Um caminhão resolveu cruzar a pista justamente no momento em que a triatleta brasileira passava. O motorista só viu a bicicleta em cima da hora, não teve tempo de desviar. "Tudo aconteceu rápido. Quando eu vi, estava em cima do caminhão. Bati o ombro forte. Acabei no hospital", conta.

O acidente virou notícia em Portugal. Ela perdeu uma bicicleta de 7 mil euros. Não foi exatamente sério, mas custou tempo de treinamento. Que acabou faltando em Toronto. Nos Jogos Pan-Americanos do Canadá, a brasileira terminou em décimo lugar. "Eu fiquei um tempo parada. Voltei e estava em um ritmo bom, mas as coisas simplesmente não aconteceram como eu queria aqui".

Medalhista de bronze em Guadalajara, em 2011, Pâmella queria melhorar a posição. "Eu já tenho um bronze. Não adiantava ganhar outro", refletiu. Por isso, ela acabou exagerando no esforço para ficar entre as primeiras durante o início da prova. O gás de quem estava voltando de contusão, porém, não foi suficiente. "A primeira fuga do ciclismo me desgastou demais. Quando chegou a hora da corrida, não consegui acompanhar as primeiras", explicou.

Ela não foi a única brasileira a sofrer. Luisa Baptista chegou ao final da prova em 17º lugar. Cheia de arranhões e cortes. Ela caiu na segunda volta do ciclismo. Como Pâmella, também trombou. Mas com um cone, não um caminhão. "Uma das meninas da frente foi desviar do cone e não deu sinal. Eu não vi e cai. Pensei em abandonar, mas segui em frente".

O tombo, além das escoriações, custou caro: o câmbio de sua bicicleta quebrou e ela ficou com apenas duas das 22 marchas durante toda a prova – foram quase 35 km do 40 km da perna de ciclismo. "Mas é bom acontecer isso agora. Melhor do que no ano que vem", comemorou.

A outra brasileira em ação foi Beatriz Neres, que acabou em 18º lugar. O ouro foi da chilena Barbara Riveros. A prata ficou com a mexicana Paola Diaz e o bronze, com Flora Duffy, das Bahamas.

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