Maratona aquática do Pan tem pit-stop à la Fórmula 1

Fabio Aleixo

Do UOL, em Toronto (Canadá)

  • Fábio Aleixo/UOL

    Atletas fazem "pit-stop" durante a disputa de maratona aquática feminina no Pan-2015

    Atletas fazem "pit-stop" durante a disputa de maratona aquática feminina no Pan-2015

Na Fórmula 1, o trabalho dos mecânicos em um pit stop pode ser crucial para levar um piloto à vitória em uma corrida. Na maratona aquática, o "pit-stop" também tem papel decisivo.

São nas pequenas pausas após cada volta que o atleta consegue receber orientação de seu treinador e, principalmente, se alimentar. Ou melhor, se reidratar. E a briga por espaço e a agilidade no atendimento se assemelham a aquelas vistas em um box.

De uma plataforma, como foi no caso do Pan de Toronto (CAN), ou em um barco, os treinadores precisam ser rápidos para entregar a garrafinha de água  ou isotônico para seu atleta de modo que ele não perca tempo na disputa. Para isso usam uma vara semelhante a um pau de selfie.

"Posso dizer que somos como os mecânicos da Fórmula 1. É preciso ter muita agilidade neste trabalho. E enquanto eles se reidratam, é o único momento que conseguimos ter uma conversa rápida para tentar mudar a estratégia ou dar alguma dica que o ajude. É mais ou menos como um trabalho de box", disse Christiano Klaser, o Kiko, técnico da equipe masculina.

"Ali naquele momento tudo tem de funcionar direitinho para o nadador não perder tempo. Precisamos ter agilidade caso algum outro atleta bata na garrafa e ela caia na água", afirmou Adriana Mitideri, técnica da brasileira Carolina Bilich, que terminou no 10º lugar na prova de maratona aquática em Toronto, vencida pela americana Fabian Eva com o tempo de 2h03min17, 1m23 à frente da capixaba.

Como a competição ocorre em mar aberto, ou lagos - como foi em Toronto -  fica praticamente impossível ouvir o grito dos treinadores, aqueles poucos segundos de pausa são fundamentais para se definir o que fazer ou não na disputa por uma medalha.

"É um momento bem rápido, que pode mudar muita coisa", disse Carolina.

"Não podemos gastar muito tempo ali nos reidratando porque isso pode acabar fazendo a diferença no final. Eu mesmo, não me hidrato a toda passagem. Tem sempre de ver a melhor estratégia", disse Samuel de Bona, que competirá neste domingo no Canadá, a partir das 16h (de Brasília).

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