PAN 2015

• Quadro de Medalhas

O nadador Thiago Pereira tem tudo para ser o principal nome do Brasil no Pan de Toronto (CAN). Aos 29 anos e dono de 18 medalhas (12 ouro, três de prata e três de bronze), poderá se tornar não apenas o maior medalhista do Brasil nos Jogos superando Gustavo Borges (19), como também passar o ex-ginasta cubano Eric López, que tem 22, sendo 18 de ouro.

E Thiago, que cairá na piscina para a disputa de oito provas, é tratado mesmo como uma referência por atletas de outras modalidades que competirão no Canadá.

"Com certeza é uma referência para todos que estão aqui. Ele está perto de bater um recorde e isso mostra o quanto ele é bom. Serve de inspiração", disse o ginasta Arthur Zanetti, que apesar de ser campeão olímpico e mundial não conseguiu o ouro em sua única participação em um Pan, em Guadalajara-2011.

"Ele é um vencedor e serve para inspirar todos os demais, principalmente os atletas jovens. Vou torcer muito para que ele consiga quebrar os recordes. Seria algo muito especial para todos que estão aqui", disse Fernando Portugal.

Até por isso, ele foi escolhido para carregar a bandeira do país na cerimônia de abertura às 21h (de Brasília) desta sexta-feira.

"Não tem maior honra para o atleta de que poder carregar a bandeira de seu país em uma competição como essa. Me senti muito honrado na hora que recebi o convite. Foi uma baita de emoção. Estou bastante feliz com tudo que aconteceu dentro da minha carreira. Em 2003, quando fui ao primeiro Pan eu tinha o Gustavo Borges e o Xuxa como referência e agora me sinto no lugar deles", disse o nadador.

Thiago está com tanta moral que ele foi indicado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para participar da eleição que apontará representantes para a Comissão de Atletas da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa). A escolha ocorrerá durante o Pan de Toronto. Todos os participantes dos Jogos votarão.

"O Thiago é um ícone para o brasileiro e para o Pan. E ele tem muitas chances de ser eleito, afinal contamos com uma delegação de 590 atletas e faremos um trabalho junto a outros comitês para que votem nele", afirmou Bernard Rajzman, chefe de missão do Brasil em Toronto.

Até mesmo entre os atletas estrangeiros, o nadador brasileiro é tratado com respeito e admiração.

"Ele é um ídolo não apenas na natação brasileira, mas também na Mundial. É um claro exemplo que qualquer um pode conseguir seus objetivos se for atrá deles. Ele sempre brigou muito por uma medalha olímpica e finalmente a conseguiu em Londres. Serve como espelho para mim", disse o nadador paraguaio Benjamin Hockin.