Brasileira admite psicológico "travado" no Pan após temer ficar paraplégica
José Ricardo Leite
Do UOL, em Toronto (CAN)
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Felipe Trueba/EFE
Thaynara Morosini, representante do Brasil no ciclismo BMX dos Jogos Pan-Americanos de 2015
Uma das esperanças brasileiras no BMX, a capixaba Thaynara Morosini ainda tenta se recuperar psicologicamente de um acidente sofrido há um ano, em um treinamento na Suíça, para destravar de vez nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
Thaynara, de 20 anos, teve uma lesão na coluna em julho de 2014 e ficou muito tempo sem competir. Admite que ainda tem certo receio após sua participação na largada do BMX, nesta quinta-feira (ficou em 11º entre as 14 participantes, com o tempo de 44s120 em prova que não é eliminatória). Volta a competir no sábado, em prova que vale medalha.
"O que me atrapalhou foi a lesão grave que tive na coluna, quando trinquei uma vértebra. Vai fazer um ano que isso aconteceu. Fiquei seis meses sem andar de bicicleta e no início achei que poderia ficar paraplégica. Se tivesse trincado um pouquinho e nunca mais voltaria andar. O psicológico ainda está meio travado", explicou.
A atleta brasileira ainda disse que uma lesão na perna também dificultou a performance. "Tivemos dois dias de treino antes da competição, mas eu só pude praticar em um porque vim para Toronto lesionada e não queria agravar a contusão Não consegui acertar a primeira reta e cheguei cansada no final. Tem dias que são ruins. Estou fazendo fisioterapia para melhorar", declarou. "Amanhã vale a medalha. Quero ficar entre as três primeiras."
Com 20 anos, ela foi 7ª colocada no mundial júnior e segunda no campeonato latino-americano. A outra brasileira que entrou na pista nesta sexta, Priscila Carnaval, ficou com o oitavo tempo do dia, ao marcar 42s630. A primeira colocada foi a tetracampeã mundial e medalha de ouro olímpica Mariana Pajon, da Colômbia, com 39s40.
Entre os homens, Renato Rezende foi o quinto (37s308), enquanto Ezequiel de Souza marcou o nono tempo do dia (38s042). O melhor foi o canadense Tory Nyhaug, com 36s113. As provas não eram eliminatória e só definiam chaveamento para a de sábado, que vale medalha.