PAN 2015

• Quadro de Medalhas

Cuba e Canadá já declararam aberta a guerra pelo segundo lugar no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, cuja cerimônia inaugural será nesta sexta-feira, 10. Durante entrevista dos chefes de missão das quatro maiores delegações no Canadá, nesta quarta-feira, os cubanos chegaram com o discurso de manutenção de seu resultado histórico. E foram rebatidos pelos donos da casa.

"Cuba é uma potência olímpica, e viemos para o Canadá com a quinta maior delegação da nossa história em Jogos Pan-Americanos. Por isso, posso afirmar seguramente que estamos aptos a manter os segundo lugar no quadro de medalhas, tal qual ocorre desde o Pan de Medelín, em 1971", afirmou Antonio Becali, responsável pela delegação caribenha em Toronto.

Em sua parte, o dirigente do time da casa, Curt Harnett tornou público o confronto pelo posto no quadro de medalhas. "Estamos com grandes atletas, muitos deles vêem este Pan como uma oportunidade de se consagrar e chegar aos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Estamos com 720 atletas, é uma delegação muito forte, por isso que nosso objetivo é, sim, terminar em segundo no geral", avisou Harnett, ex-ciclista, dono de três medalhas olímpicas.

Quando perguntado sobre a posição do Brasil nesta batalha pelo segundo posto, o chefe da missão brasileira em Toronto ironizou. "Faltou combinar com o Brasil", disse, provocando risos da plateia na coletiva de imprensa. "Brasil vem com um time capaz de superar Guadalajara-2011 e ficar entre os três maiores medalhistas", concluiu.

O Brasil faz uma conta diferente de americanos, cubanos e canadenses para o quadro geral de medalhas. O COB prefere contar pelo total de pódios alcançados, enquanto que os demais se dedicam a ranquear pelo quantidade de ouros.

Terminar o Pan como o segundo maior ganhador de ouros do evento significa perder apenas para os Estados Unidos nesta contagem, já que mesmo com equipes alternativas, os americanos somam mais pódios que a soma de Cuba e Canadá na história do Pan. São 4.173 conquistas dos EUA, contra 1.932 dos cubanos e 1696 dos canadenses. O Brasil é o quarto no hiustórico do evento, com 1.066.

Os cubanos podem, portanto, completar 12 edições consecutivas de Pan sem ser superado por nenhum país que não sejam os Estados Unidos. Neste período houve uma exceção, que ocorreu em Havana-1991, quando os anfitriões superaram os americanos e terminaram em primeiro.