1º dia do polo no Pan tem problemas com placar, organização e até ônibus

Bruno Doro

Do UOL, em Toronto (CAN)

  • Bruno Doro/UOL Esporte

    Placar de Brasil e Canadá no polo feminino foi zerado no meio da partida e gerou problemas

    Placar de Brasil e Canadá no polo feminino foi zerado no meio da partida e gerou problemas

Os Jogos Pan-Americanos de Toronto começaram nesta terça-feira. E, para os canadenses, as coisas não deram muito certo. Não bastassem as dúvidas que a população da maior cidade canadense tem em relação à realização do evento e seus efeitos no cotidiano de uma metrópole agitada, problemas marcaram a primeira competição esportiva, o polo aquático.

Primeiro, os canadenses simplesmente ignoraram a possibilidade de uma modalidade menor interessar às TVs. O local do polo, o centro aquático de Markhan, uma cidade na área metropolitana de Toronto, simplesmente não tem estrutura para transmissões ao vivo. Mesmo com o interesse de Record e Sportv, as emissoras brasileiras que compraram os direitos do evento, em mostrar a partida, só quem estava no local assistiu aos jogos.

E esses torcedores vivenciaram o segundo problema do dia: o cronômetro das partidas. Três dos seis jogos realizados foram afetados pelas dificuldades dos canadenses em acertar a medição de tempo. O primeiro problema apareceu no empate entre Brasil e Canadá por 7 a 7 pelo torneio feminino, que ficou cinco minutos parado enquanto os juízes tentaram acertar o tempo restante em uma jogada. No segundo Brasil x Canadá, agora com times masculinos, a partida teve de ser reiniciada. Para completar, o jogo que fechou a programação, EUA x Equador, começou quase dez minutos atrasado e com só três dos quatro relógios de posse de bola funcionando.

"As coisas começaram meio confusas. E foi até engraçado ver isso. Os canadenses são precisos em tudo, mas não conseguiram contar o tempo direito. No fim, isso ajudou o Brasil, já que o jogo parou em um momento ruim do nosso time, quando tínhamos um jogador a menos. Quando o jogo voltou, a equipe estava mais atenta. Foi uma vantagem", comemorou Felipe Perrone, capitão brasileiro.

O terceiro percalço aconteceu com a imprensa que tentou chegar ao local. Um ônibus da organização, que levava profissionais de imprensa para a cidade de Markhan, chegou ao meio do caminho e voltou para o centro de Toronto. O motorista informou aos presentes que seu turno tinha terminado e ele precisava ser substituído. O percurso, que tinha previsão de 40 minutos, acabou durante 1h30 para quem entrou naquele ônibus.

Sobre o cronômetro, a organização admitiu os problemas, mas não explicou o que aconteceu. "Estamos buscando a origem do problema que levou ao mau funcionamento do placar nas competições de polo aquático. Isso não poderia ser feito durante os jogos. Seguiremos monitorando os equipamentos e vamos tratar do assunto se novas questões aparecerem", disse em comunicado.

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