Resultados inusitados e campeões olímpicos marcam estreia do "Pan Europeu"

Do UOL, em São Paulo

A Europa inaugurou neste mês de julho a sua versão dos jogos Pan-Americanos: os Jogos Europeus. Disputado em Baku, no Azerbaijão, o continente não possuía até então uma competição como a disputada nas Américas e que reúne grandes atletas olímpicos, além de dar vaga para as Olimpíadas em algumas modalidades.

A primeira vez vai servir de aprendizado para os europeus. Os jogos foram marcados por algumas diferenças gritantes entre as modalidades. Enquanto alguns esportes contaram com os seus melhores atletas, outros acabaram em segundo plano – caso do atletismo. O UOL Esporte separou algumas curiosidades da competição, que será encerrada oficialmente no final de semana.

Resultados nada normais

O atletismo de Baku-2015 não foi representado pelas maiores potências do esporte europeu, como os russos. A modalidade acabou sendo inserida na competição de última hora. Sendo assim, não há atletas de alto nível. O resultado: marcas 'anormais'.

Imagine qual seria a reação da atual campeã olímpica do salto com vara Jennifer Stuczynski ou da russa bicampeã das Olimpíadas Yelena Isinbaeva se vissem alguém em um campeonato europeu saltando 2 metros. Esse foi o feito da atleta de Malta Joanne Vella e de Maria Gomez Cabeza, de Andorra.

A marca é tão ruim que é mais baixo do que é possível saltar em altura. A campeã olímpica Anna Chicherova conseguiu 2.05m em Londres-2012. Entre os homens, Clayton Sheldon, de Malta, saltou 3 metros. Detalhe: também foi com vara.

Outro fato curioso em relação ao atletismo foi o atleta Manuel dos Prazeres Pita. O atleta de Andorra tem 47 anos e correu os 3000m. Ele terminou na 11ª colocação. Os 3000m também teve um atleta de 16 anos correndo: MarkoDurovic, de 16 anos, de Montenegro.

Domínio russo

Mesmo não tendo as suas equipes principais em todas as modalidades, a Rússia tem um domínio imenso no quadro de medalhas, com mais de o dobro do segundo colocado no quadro geral, o Azerbaijão. Os esportes que mais deram medalhas aos russos foram a natação, a luta olímpica e a ginástica artística.

Equipes A e B

Diferentes modalidades optaram por levar diferentes atletas à competição. A Rússia é um dos melhores exemplos. Na ginástica, o país optou por disputar as provas com o que tem de melhor: Aliya Mustafina, que tem quatro medalhas olímpicas no currículo formou a equipe russa que dominou a modalidade em Baku. Enquanto isso, no atletismo, natação e esgrima, nada de equipe principal.

A natação é um caso diferente. Todas as provas estão sendo disputadas por atletas sub-16 e sub18. Já na esgrima, o problema foi o calendário. Baku começou no último dia 12, um dia depois do final do Campeonato Europeu da modalidade.

Na canoagem, a Hungria também foi com  o que tinha de melhor, como é o caso da equipe que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres com Daniel Pauman, David Toth, Zoltan Kammerer e Tamas Kulifai.

Rival brasileiro na canoagem

Isaquias Queiroz é a grande chance brasileira de medalha na Rio-2016 com a canoagem. E o brasileiro tem um grande rival. É o alemão Sebastian Brendel, campeão olímpico em Londres. A ameaça é grande. Em Baku, foi justamente o alemão que dominou a prova C-1 1000m e levou o ouro.

Vale vaga na Rio-2016

Três esportes disputados em Baku servem como classificatório para os Jogos Olímpicos de 2016. São eles: tênis de mesa, triatlo e tiro.

No tênis de mesa, quem garantiu vaga na Rio-2016 foram as equipes de Portugal (masculino) e Alemanha (feminino). Além do alemão Dimitrij Ovtcharov e da holandesa Li Jiao, na categoria individual. No triatlo, Gordo Benson (Inglaterra) e Nicola Spirig (Suíça).

No tiro, entre os favoritos, apenas o alemão Christian Reitz conquistou o ouro na pistola livre
 

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