Armador do Brasil dizia que era filho de Vera Fischer. E provava com RG

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

  • Fotojump/LNB

    Ricardo Fischer foi o MVP do último Jogo das Estrelas do NBB

    Ricardo Fischer foi o MVP do último Jogo das Estrelas do NBB

Vera Fischer nunca esteve envolvida com o basquete, nem possui um filho que é jogador profissional. Mas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN), em julho, a seleção brasileira da modalidade contará em suas fileiras com um jogador que já fez se passar por filho da famosa atriz. Ele atende pelo nome de Ricardo Fischer, tem 24 anos, e defenderá pela primeira vez em sua carreira a equipe adulta.

Na época em que estava na escola, o armador de Bauru mentia para os colegas para impressionar. Dizia que sua mãe era uma das principais atrizes brasileiras de todos os tempos. E para enganar os amigos, tinha um trunfo incontestável: seu RG. Não que falsificasse o documento, mas sim por uma coincidência incrível. Sua mãe também se chamava Vera Fischer.

"Hoje, ela é separada do meu pai e chama só Vera Lúcia Bitar. Mas na época do colégio ela era Vera Fischer e eu ficava brincando com os meus colegas que minha mãe era aquela que eles viam na novela. E era engraçado, porque viam meu RG e acreditavam mesmo.  Era uma época em que a Vera Fischer estava em evidência, tinha até posado na Playboy. Depois de um tempo, quando já tinham acreditado, eu falava que não era verdade (risos)", contou o jogador ao UOL Esporte.

Arquivo pessoal
Ricardo Fischer com a mãe em um momento de descontração

"Minha mãe nunca trabalhou com TV, longe disso. E nem tem nenhuma semelhança com a Vera Fischer, mesmo porque é morena. Mas eu acho minha mãe muito mais bonita (risos). Além disso, é muito mais empolgada", completou o jogador.

Apesar de já ter sido conhecido como "o filho de Vera Fischer", Ricardo chama a atenção hoje em dia muito mais pelo seu talento e pelo que faz em quadra do que por este caso pitoresco. Ele foi eleito o melhor armador da última edição do NBB (o campeonato nacional da modalidade), no qual o Bauru ficou com o vice-campeonato.

Além disso, teve papel importante nas conquistas do Campeonato Paulista, Liga Sul-Americana e Liga das Américas.

"Chego supermotivado para a disputa do Pan. Fiz uma temporada muito boa, fui premiado e fui lembrado pelo Rubén (Magnano, técnico da seleção). Vai ser fantástico poder jogar um Pan. Conversei com vários atletas que tiveram esta oportunidade e todos me falaram coisas muito legais. Temos uma equipe muito boa e iremos lá brigar pelo título", disse Fischer, que é o único armador convocado por Magnano que atua no Brasil – os outros, Raulzinho e Rafael Luz, jogam na Espanha.

"Por muito tempo, o Brasil teve uma carência de armadores e agora está vindo uma nova geração. Além do Raulzinho e Gegê que estão se destacando há algum tempo, tem também o Gegê (do Flamengo), Déryk (do Limeira). Estamos muito bem servidos e eu ser lembrado mostra que o Magnano está olhando muito para nosso campeonato, que é um dos mais fortes das Américas", disse Fischer, que só jogou em categorias de base da seleção.

Luiz Pires/LNB
Fischer em ação com o Bauru na disputa do último NBB

Com a chance que ganhou para estar com a seleção em Toronto, Fischer espera impressionar Magnano e conquistar espaço no grupo que disputará o Pré-Olímpico do México, sem setembro, e a Olimpíada do Rio de Janeiro no próximo ano.

"Quero aproveitar ao máximo esta primeira experiência com a equipe adulta, até já visando à Olimpíada, que é um evento no qual todos querem estar. E jogar este Pan será importante para se acostumar ao clima de uma vila, a convivência com atletas de outras modalidades", concluiu Fischer, que no último NBB teve médias de 11,4 pontos e 6,3 assistências por partida.

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