Conheça 10 estrelas olímpicas que disputaram o Pan no início da carreira

Do UOL, em Brasília

  • A. Messerschmidt/Getty Images

    Carl Lewis disputou o Pan de San Juan-1979 e ficou com o bronze no salto

    Carl Lewis disputou o Pan de San Juan-1979 e ficou com o bronze no salto

Os Jogos Pan-Americanos podem não representar o máximo desafio técnico para um atleta, mas têm um significado tão simbólico quanto um vestibular para um estudante. Com a diferença de que um revés na competição não representa exatamente um retrocesso.

O Pan é um rito de passagem para grandes esportistas. Antes de alcançarem a glória global, rivalizaram com adversários continentais e nem sempre ganharam, nem sempre perderam. Mas aprenderam a jogar.

Há centenas de casos de atletas com passagens marcantes pelos Pan. Sejam eles brasileiros, da América Central, de países do Caribe, do Canadá ou dos Estados Unidos. Gente que competia quase que anonimamente em uma edição do Pan mas que já se podia vislumbrar um futuro brilhante.

Abaixo, elencamos 10 casos de atletas estrangeiros que passaram por alguma edição dos Jogos Pan-Americanos e, de alguma maneira deixaram sua marca. Confira.

Sugar Ray Leonard (México-1975)

AP
Este norte-americano da Carolina do Norte tinha apenas 19 anos quando conquistou, como um verdadeiro furacão, o ouro no Pan da Cidade do México. Era um presságio do que se sucederia no ano seguinte, nos Jogos Olímpicos de Montreal-76, quando também foi campeão de forma avassaladora. Sugar Ray partiu, então, para o profissionalismo, onde lutou 40 vezes e perdeu apenas três, e o melhor do mundo em cinco categorias de peso.

 

Javier Sotomayor (Indianápolis-1987)

Lionel Cironneau/ AP Photo
Dentre as 17 medalhas de ouro que conquistou em competições internacionais, a primeira que Javier Sotomayor levou para a casa, em Cuba, foi nos Estados Unidos, no emblemático Pan de Indianápolis. Ele saltou 2,37m e não deu chance aos adversários. Dali, partiria para ser campeão olímpico (Barcelona-92), duas vezes campeão mundial e até hoje dono da melhor marca do planeta, com seus 2,45m, feitos em 1993.

 

Oscar Robertson (Chicago-1959)

AFP
Um guerreiro das quadras, lutou contra o racismo ainda nos tempos de colégio, defendeu Milwaukee Bucks e o extinto Cincinatti Royals, participou 12 vezes do Jogo das Estrelas da NBA, eleito o MVP da temporada 1964, único jogador da história da liga a ter como média um triplo-duplo (dois dígitos em três fundamentos). Ele foi o motor do time dos Estados Unidos que venceu o Pan de 59 contra Porto Rico, na final.

 

Félix Savón (Indianápolis-1987)

AP
Peso-pesado cubano de Guantánamo orgulha-se de, entre outras façanhas, ter vencido todas as lutas que disputou nos Pan-Americanos. Desde a primeira parição, aos 19 anos, em Indianápolis-87, até Mar del Plata, na Argentina, em 1995, foram três ouros. Dois anos depois, aposentou-se com o cartel de seis títulos mundial entre amadores e três medalhas de ouro olímpicas (Barcelona-92, Atlanta-96 e Sydney-2000).

 

Carl Lewis (San Juan-1979)
Carl Lewis acumula em seu histórico nove ouros olímpicos. É quase metade da soma de todos os ouros brasileiros na história das Olimpíadas (Brasil tem 23). Mas nem sempre o norte-americano desfrutou dessa glória. aos 18 anos ele foi a San Juan, em Porto Rico, disputar sua primeira competição internacional. Ficou "apenas" com o bronze no salto em distância. Prova que depois lhe renderia três dos seus nove ouros olímpicos.

 

Shawn Johnson (Rio-2007)

AFP PHOTO DDP/MICHAEL
Shawn Johnson compunha a equipe de ginástica dos EUA no Rio, há oito anos, quando a estrela maior era a russa naturalizada Nastia Liukin. Mas Shawn chamou para si a responsabilidade e abocanhou quatro ouros. Depois, conquistou três títulos mundiais, quatro medalhas olímpicas em Pequim-08. Com seu carisma, tornou-se figurinha carimbada nos programas de variedades das TVs dos EUA. Repetidas lesões no joelho esquerdo a forçaram a abandonar o esporte antes de Londres-2012.

 

Jackie Joyner-Kersee (Indianápolis-1987)

Stephen Lovekin/GETTY IMAGES
Passou de passagem pelo Pan em seu país, em 1987. Aos 25 anos, sua superioridade no continente já era tamanha que ela saltou 7,42m no salto em distância. Uma diferença de 60 centímetro para a vice-campeã. Para efeito de comparação,  a brasileira Maurren Maggi, quando foi campeã olímpica nesta mesma prova em Pequim, 21 anos mais tarde, alcançou "apenas" 7,04m. Jackie foi eleita a atleta do século 20 pela Sports Illustrated.

 

Teófilo Stevenson (Cali-1971)

AP
Para muitos, o maior boxeador de todos os tempos. O mundo anseava por um duelo entre este cubano, três vezes campeão mundial entre os amadores, e três vezes campeão olímpico, contra o indomável Muhammad Alli. Combate que nunca ocorreu, porque Stevenson manteve-se sempre fiel a Cuba e ao boxe amador. Mas sua história nos ringues internacionais começou no Pan da Colômbia, em 1971.

 

Bob e Mike Bryan (Winnipeg-1999)

REUTERS/Sergio Moraes
Dois mexicanos podem se orgulhar em dizer que derrotaram a dupla dos Estados Unidos em um Pan, em um semifinal. Foi no Canadá, há 16 anos. Marco Osório e Óscar Ortiz aplicaram um duplo 6/4 nos americanos e avançaram à final. Aos gêmeos, coube o bronze, o que na época valia muito para eles, já que não costumavam passar da segunda rodada de Grand Slams. Os trofeus começaram a surgir a partir de 2003.

 

Mark Spitz (Winnipeg-1967)

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Cinco anos antes dos Jogos Olímpicos de Munique-1972, quando estabeleceu o recorde de ouros em uma só edição de Olimpíadas (sete), Mark Spitz já fizera algo semelhante no primeiro Pan de Winnipeg, no final dos anos 1960. Foram cinco medalhas de ouro nas piscinas canadense. Uma marca que durou 40 anos até que Thiago Pereira o derrubou desse posto, com seis primeiros lugares. 

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