Gabriel Borges (d) e Alexandre Tinoco podem ganhar o ouro na categoria Snipe da vela
23/10/2011 - 07h02
Com chance de ouro na vela, Coveiro sofre com apelido sinistro
Alexandre Sinato Em Puerto Vallarta (México)
Ele não gosta muito, mas todo mundo o conhece por Coveiro. Gabriel Borges pode conquistar mais um ouro para a vela do Brasil neste domingo na classe Snipe. Com apenas 19 anos, ele tem não apenas o jeito de moleque, mas também cicatrizes típicas dessa fase da vida. O próprio apelido que ele reluta em aceitar veio de um jogo de cartas da adolescência.
DE ONDE VEM O APELIDO
Carta do jogo Magic que originou o apelido de Gabriel Borges
“O apelido vem de um jogo de baralho chamado Magic. Eu tinha muitas cartas de coveiro e por isso meus amigos me sacaneavam, dizendo que eu tinha um baralho de coveiro. A galera adotou o apelido, mas gostaria que fosse outro”, contou Gabriel ao UOL Esporte.
Ao lado de Alexandre Tinoco, ele tem chances reais de ganhar uma medalha de ouro neste domingo. A dupla está apenas um ponto atrás dos Estados Unidos. Como na regata da medalha a pontuação é dobrada, quem ganhar a prova assegura o primeiro lugar.
“Estamos conseguindo velejar muito bem. Não fomos muito bem na segunda regata do dia e ficamos em sétimo lugar, mas também ganhamos a nossa primeira. Como estamos só um ponto atrás, vai ser uma disputa direta”, explicou Gabriel.
Pontos, inclusive, trazem outra lembrança para o Coveiro. Como muitos garotos, ele tem como passatempo andar de skate. E em 2010 levou a pior em uma de suas investidas sobre as quatro rodinhas.
“Gosto bastante de andar de skate. No ano passado, levei um tombo mais feio e tomei cinco pontos atrás da cabeça. A superfície estava úmida e escorreguei”, relatou o jovem brasileiro que pode comemorar o ouro logo no primeiro Pan de sua carreira.