Emanuel e Alison comemoram a medalha de ouro no vôlei de praia no Pan

Alison culpa areia dura por ascensão de 'argentinos ratinhos' e maior equilíbrio

Ao ver as três duplas medalhistas do vôlei de praia neste sábado, era notável a diferença de altura dos brasileiros Emanuel e Alison para venezuelanos e argentinos. Nenhum dos hermanos, por exemplo, passa dos 1,85m. Alison, apelidado de Mamute, tem 2,05m. Para ele, a areia dura fez com que os baixinhos se dessem bem no Pan do México.
 
“Nós preferimos a areia fofa, mas aqui ela estava bem dura. Você pode ver que os adversários não são altos, mas com essa areia dura, eles conseguem saltar bastante e isso iguala. Os argentinos são dois ratinhos, muito pequenos, mas saltam bem”, avaliou o brasileiro.

 Depois de conquistar seu segundo ouro em Pans, Emanuel também reprovou a areia. Por ser um jogador mais técnico, ele viu as condições facilitarem para quem tem mais força física e não é tão bom assim.
 
“A quadra dura faz o jogo ser mais na base da potência, é preciso se acostumar. O poder de adaptação aqui foi fundamental para a vitória.”
 
Outro obstáculo enfrentado pelos brasileiros foi o calendário. Todas as partidas da dupla aconteceram às 13h locais (16h de Brasília). “Incrível como todos os nossos jogos foram nesse horário. Mas não tem jeito. Como o Emanuel falou, é nessa hora que campeões fazem a diferença. Se tiver que jogar 1h da manhã, vamos jogar”, comentou Alison.
 
Agora, os brasileiros contam as horas para voltar logo ao Brasil. Na atual programação, eles chegam ao Brasil apenas na noite de terça-feira e dois dias depois já viajam para jogar em Maceió pelo Circuito Nacional. Por isso, além de comemorar o ouro, eles tentam antecipar a viagem de volta.
 
“Estamos tentando pegar um avião já no domingo, estamos cansados. E ainda temos quatro etapas do Circuito Nacional pela frente. Queremos esse título também”, completou Alison, lembrando que a dupla já faturou em 2011 o Circuito e o Campeonato Mundiais, além do Pan.