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03/10/2011 - 12h00

Atleta do polo aquático divide tempo com obras após abrir mão do jornalismo

Roberta Nomura
Em São Paulo

A vida dupla é muito comum entre atletas dos esportes amadores. Trabalhar em horário comercial e correr para os treinos à noite é prática corriqueira na seleção brasileira de polo aquático. O centro Danilo Correa supervisiona obras das 7h às 18h. Uma hora depois já está na piscina. A solução provisória surgiu para conseguir permanecer na modalidade e ele abriu mão da profissão que escolheu: a de jornalista.

Danilo Correa se formou no Mackenzie em 2010. Antes mesmo do diploma em comunicação, ele passou em um processo seletivo para trabalhar em um jornal de São Paulo. “Foi um pouco antes do Mundial de Roma, em 2009, mas eu tive que escolher. Não dava para conciliar. Acabei indo defender o Brasil mesmo”, contou o jogador de polo aquático.

A solução, então, foi abrir mão de vez de exercer a profissão de jornalista. Danilo Correa encontrou na empresa de engenharia civil do tio a possibilidade de conciliar dois trabalhos. Ele organiza, supervisiona e faz a logística de algumas obras das 7h às 18h. Na sequência, vai treinar das 19h às 22h.

“É difícil trabalhar o dia inteiro e treinar depois. Teoricamente a gente tinha que ir 100% para o treino, mas todo mundo chega morto. Essa seleção que está aí agora tem vários jogadores penando para conciliar as coisas, se formar na faculdade”, contou Danilo Correa.

O fato de trabalhar com o tio facilita a vida do atleta no polo aquático. A equipe brasileira passou por período de duas semanas de treino na Croácia e Correa conseguiu viajar com o time sem ameaça de demissão na empresa de engenharia. Nem todos têm o mesmo privilégio. O goleiro Luís Maurício é engenheiro da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo) e tem certa flexibilidade, mas revelou que prefere não abusar.

Com uma equipe formada por vários jogadores com vida dupla, o polo aquático tenta repetir a prata obtida no Pan do Rio-2007 agora em Guadalajara. “Chegar à final de novo seria ótimo e é bem possível. O sonho é vencer, ficar com o ouro e garantir a vaga olímpica, algo que não acontece desde 1984. Mas é difícil”, analisou Danilo Correa. 

Medalhas

  • País
    Ouro
    Prata
    Bronze
    Total
    EUA 92 79 65 236
    CUB 58 35 43 136
    BRA 48 35 58 141

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